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Fungo transforma plásticos de oceanos em componentes para farmacêuticos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Fevereiro de 2023 às 09h50

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Leungchopan/Envato Elements
Leungchopan/Envato Elements

Um estudo publicado na revista alemã Angewandte Chemie destacou o potencial de um fungo para transformar resíduos plásticos dos oceanos em componentes para produtos farmacêuticos. Segundo o artigo, promovido pela Sociedade Química Alemã, essa químico-biológica para a conversão do polietileno é feita por um fungo comum do solo chamado Aspergillus nidulans, que foi geneticamente alterado.

Primeiro, os pesquisadores induziram a digestão de polietilenos usando oxigênio e alguns catalisadores de metal. Em seguida, longas cadeias de átomos de carbono resultantes dos plásticos decompostos foram alimentadas com fungos Aspergillus geneticamente modificados. Os fungos, conforme projetados, os metabolizaram em uma série de compostos farmacologicamente ativos.

Os cientistas explicam que em outros métodos, o fungo pode digerir o material, mas leva meses, uma vez que os plásticos são muito difíceis de quebrar. No entanto, a técnica descoberta promove a quebra dos plásticos rapidamente: em uma semana, já é possível ter o produto final.

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"Acontece que os fungos produzem muitos compostos químicos, e eles são úteis para o fungo na medida em que inibem o crescimento de outros organismos. Esses compostos não são necessários para o crescimento do organismo, mas ajudam a protegê-lo ou a competir com outros organismos", explicam os pesquisadores.

O grupo conta que sequenciou os genomas de vários fungos e pode reconhecer as assinaturas de grupos de genes que produzem compostos químicos. "Podemos mudar a expressão dos genes, removê-los do genoma, fazer todos os tipos de coisas com eles. Vimos que havia muitos desses aglomerados de genes de metabólitos secundários e nossos procedimentos de direcionamento de genes nos permitiram, pelo menos pelo menos a princípio, ativar alguns deles", disseram.

Os especialistas ressaltam o problema do acúmulo de plásticos no meio ambiente — e estudos como este buscam transformar o poluente em algo útil, ainda por cima.

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Fonte: Angewandte Chemie via ScienceDaily